'' O momento do dia''

Neste último domingo (26) o setorista do CSA e um dos nomes mais importantes da história do rádio alagoano, Costa Cabral, fez aniversário e completou 59 anos de idade, destes, 41 são dedicados à comunicação e ao Centro Sportivo Alagoano, clube do seu coração.

No bate papo com a assessoria de imprensa, Costa Cabral falou sobre sua chegada para trabalhar na cobertura CSA, nos momentos que viveu ao lado do clube, e deixou um recado simples e direto a nação azulina. Confira este bate papo com o setorista que por mais tempo, segundo ele, cobriu um clube no mundo.

ASCOMCSA: Quando iniciou sua história com o CSA?
Eu comecei a freqüentar o Mutange em 1969, toda a tarde estava lá para acompanhar os treinos e os ídolos do passado, em pouco tempo fui parar na rádio, comecei na Palmares, e em 1971 iniciei na rádio Difusora onde começou meu trabalho como setorista do CSA.

ASCOMCSA: Na sua opinião, o setorista que mais tempo fez a cobertura em um clube no mundo foi Costa Cabral, confirma isso?
Sim! Desde 1971 que praticamente todos os dias estou no CSA, o recorde de setorista numa mesma equipe no mundo é meu, já fiz um levantamento da história e no Brasil o mais antigo era o radialista da rádio Globo, Áureo Omena, ele cobria o Vasco, depois saiu para a rádio nacional do Rio e se tornou comentarista, sem chegar aos 41 anos que completo hoje no azulão.

Inclusive, de tanto estar presente no CSA, teve uma vez que acabei dormindo na concentração porque entrei a noite jogando baralho e conversando com os jogadores, acabei dormindo com os atletas, na véspera de um clássico contra o CRB.

ASCOMCSA: Nestes 41 anos de CSA qual o momento marcante, aquele que ficou cravado em seu coração e sempre lembra com carinho?

Foi um clássico das multidões que aconteceu em 1994, o CSA precisava vencer o CRB na prorrogação para ser campeão e o jogo estava empatado em 1x1, até que o zagueiro Marcelo Soares, com o braço enfaixado, fez o gol da vitória aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação no gol da Siqueira Campos.

Um detalhe importante deste jogo é que no fim da partida estava no túnel e tinha dado o jogo como entregue, foi então que o ‘’Beleza’’, Massagista do CSA na época chegou ao meu lado, neste momento peguei um pedaço de grama e disse: Beleza, esse monte de grama vai dar sorte, quando fechei a boca o CSA fez o gol da vitória. Ele disse que até hoje guarda está grama em sua casa.

ASCOMCSA: Durante esses anos você também teve seus momentos de muita tristeza, nos lembre de algum?

Sem duvida foi quando o CSA caiu para a segunda divisão do campeonato alagoano em 2003. Outro momento foi quando perdemos o pentacampeonato para o ASA em 2000. Na ocasião o presidente era Arnon de Melo, e após o jogo, sentado ao seu lado, percebi lagrimas descer dos seus olhos foi um momento que marcou e até hoje me lembro porque senti que ali ele representava a imensa massa azulina.

ASCOMCSA: Como você comprara o CSA que você chegou há 41 anos com o CSA de 2011?

Vou dizer uma coisa, o CSA sempre foi dificuldades e hoje chegando aos cem anos não estaria um mar de rosas. Naquele tempo um dos presidentes que fiz amizade e lembro bem foi Coronel Milo, ele já utilizava bilhetes para arrecadar dinheiro, já pedia para mandar as coisas para ajudar, então o padeiro mandava o pão, entre outras coisas que os azulinos contribuíam como acontece hoje.

Durante este tempo teve uma fase que o CSA estava muito bem, que foi quando João Lyra foi presidente do clube, ata concentrar os jogadores da base em bons hotéis da capital acontecia. Ele colecionou muitos títulos, mas não deixou um patrimônio forte, já que na ocasião o pensamento era em conquistar títulos.

O CSA sempre viveu nestas dificuldades, hoje temos está sala de imprensa que da uma nova visão ao clube, mas nada diferente de como era nas décadas passadas.

ASCOMCSA: Qual o recado que você deixa para a nação azulina que te acompanha há muito tempo?

Que participe do dia-dia do clube e que não desista, o CSA hoje sobrevivi por causa de sua torcida, e a frase UNIÃO E FORÇA tem que ser levada e é isso que digo, que sempre acreditem, participem, pois no fim tudo vai dar certo.